talho uma
borboleta
no formato do
seu rosto
e te digo
enquanto dorme
a distância
precisa
entre os corpos
celestes
da via láctea
abro a sua
camisa
pra desenhar no
seu peito
um mapa
constelações,
estrelas apagadas
um planeta anão
e Andrômeda,
longe
bem abaixo do
seu umbigo
eu que bem sei
percorrer os
caminhos
de ida e volta
refazendo com os
dedos
as tantas
paradas
eu o digo
estamos
perdidos
enquanto meu
dedo
procura o
inexplorado
e você me diz
ainda
bem
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