domingo, 19 de março de 2017

poema sem título 5

talho uma borboleta
no formato do seu rosto
e te digo enquanto dorme
a distância precisa
entre os corpos celestes
da via láctea
abro a sua camisa
pra desenhar no seu peito
um mapa
constelações, estrelas apagadas
um planeta anão
e Andrômeda, longe
bem abaixo do seu umbigo
eu que bem sei
percorrer os caminhos
de ida e volta
refazendo com os dedos
as tantas paradas
eu o digo
estamos perdidos
enquanto meu dedo
procura o inexplorado
e você me diz
ainda bem 

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