contamos de um
até três
eu desenrolo
sua mão
como se ela
fosse
um novelo de lã
eu te vejo
a cortar o caule
das orquídeas
a tirar das
orquídeas
o ouro e a prata
eu te vejo
a tecer sedas
para cobrir os
olhos
a estender
longos vestidos
pelos campos
abertos
contamos de novo
e eu desenrolo
seu tronco
você cortando
a raiz das
árvores
mas não há mais
nada
eu te vejo
a cobrir os
olhos
com as mãos
o sol a pino
queimando as
córneas
você me diz
não
há mais o que colher
e dita um ritmo
Nenhum comentário:
Postar um comentário