quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

poema sem título 4

aquele fio grosso de barba tua
dobrando a esquina da boca
comporta mesmo milhões
de pequenos peixes cegos
desorientados
um turbilhão de pensamentos
uma arraia lisa e translúcida
isso em um fio
me perco no olhar
sei tão pouco sobre a biologia
que invisivelmente
te habita
sei tão pouco sobre minha própria
biologia
“it would be nice to come home I guess”
o teu corpo um aquário cheio
de vida
mas ainda sim
um aquário

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