Das pessoas que me sei hoje
reconheço poucas ou algumas.
A maioria rostos estranhos,
como nos cartoons:
Um ovo dentro de um ovo dentro d’outro.
Dentro de tudo poderíamos enfiar
palavras bonitas ou metáforas,
mas não é um jogo,
não um jogo bom.
É estar com as palmas nuas
e os olhos suados,
esquecendo que amanhã
caminhar na rua pode ser uma odisseia,
esquecer um abraço, a foice.
Não, não é um jogo bom.
Perde-se para poder ganhar,
mas quando ganha não se sente
gosto.
Tem isso de se sentir só -
E um amargo doido na língua.
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