quando escrevemos a poesia é sangue
o anti-cristo não é a arma
é a bala e sua trajetória
é o pão que o diabo
conservou sobre a mesa entre
ela nos sentamos hora do almoço
em família
uma oração não é sempre
uma declaração de guerra mas
comumente a fé
imita a métrica das metralhadoras
Os crentes que esperam mel
Da abelha de quem roubaram os nomes
Ferrão não é fim é meio
Intestino não-corpo é imagem
Assim na terra como no céu
Um fumigador entre os dedos não é sobre
Disfarçar as vossas ofensas
Mas sim sobre atear fogo a fome no corpo desprotegido
E não nos deixei voltar com a mente sã
Mas roubai-nos o mel
Amém
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