terça-feira, 10 de abril de 2018

A libélula


o poema da perda pelo segundo
o poema segue extinto
um fóssil de libélula limita
aqui o meu
lá o teu espaço
não é o meu tempo que
te prescreve os movimentos
não é o seu que me sussurra
as palavras quando
o poema vai se perdendo
a cada palavra deixando
de ser som, antes
de ser bicho
de não ter um nome
agora está entre o meu corpo
e o seu a libélula
fossilizada de todos nosso anos
não é um poema mas
já foi
segundos atrás


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