um poema que
se rebele
contra o seu
interlocutor
“ele”
estou olhando
para ele
o dia
inteiro
mas a verdade
é que
o rosto dele
ocupa
um espaço vazio
entre as
prateleiras
da casa
entre as janelas
dos apartamentos
para aluguel
um poema que
me diga
se é possível
esquecer
dele enquanto
bloco de cimento
pesando
sobre o meu
peito
será que faz
sentido
olhar pro nada
e não ver ninguém?
e não ver ninguém?
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