Ford me deita em uma esteira e me sussurra indecências
o mundo é uma máquina um mundo é uma
máquina o mundo é uma máquina
basta apertar um botão ele diz e me toca onde dói onde
desperta
esquece os números que mudam esquece
os números que mudam
fica comigo e mecanicamente me sopra o ouvido e me desce
a mão entre as coxas toda quinta feira de oito da manhã as
oito da noite
e me faz gozar sempre de quinze em quinze minutos e
o prazer exato imutável das coisas
mais que fixas o prazer exato
eu sei que Ford mente mas
queria acreditar na linha de montagem
eu queria acreditar na linha de montagem
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